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Dra Vanessa Gerente | Cirurgias de Pálpebras
 

Cirurgias de Pálpebras

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Dermatocálase (excesso de pele) e bolsas de gordura palpebrais

 

Cirurgia de pálpebras - Dra. Vanessa Gerente - Oftalmologista Florianópolis

 

As pálpebras são as regiões que mostram mais precocemente os sinais do envelhecimento na face. São muito comuns as queixas de sensação de peso nas pálpebras, olhar cansado ou triste, olhos inchados e menores, e em muitas mulheres a queixa de que a maquiagem borra facilmente ou não aparece.

 

Com a blefaroplastia (cirurgia de pálpebras) é possível remover o excesso de pele (dermatocálase), as bolsas de gordura proeminentes e reposicionar as pálpebras quando necessário, devolvendo um aspecto mais jovial ao rosto.

 

Nas pálpebras superiores, a cicatriz da cirurgia fica localizada no sulco palpebral superior, a dobra natural da pálpebra. Quando os olhos estão abertos, as cicatrizes ficam “escondidas”. Nos casos em que o excesso de pele é mais pronunciado, a incisão é prolongada lateralmente e pode ficar mais visível nas primeiras semanas.

 

Nas pálpebras inferiores, a cicatriz fica rente aos cílios inferiores e é pouco visível. Nos casos em que se corrigem somente as bolsas palpebrais (técnica transconjuntival), sem remover o excesso de pele, não há cicatrizes nas pálpebras inferiores.

 

A indicação da cirurgia depende da queixa estética e/ou funcional do paciente e da avaliação médica. O médico especialista observa se há excesso ou flacidez da pele e protrusão de bolsas de gordura. Também avalia a posição das pálpebras superiores e inferiores, se existem sinais de desinserção muscular e frouxidão ligamentar. Além disso, por meio do exame oftalmológico o médico pode observar sinais de olho seco ou outras doenças oftalmológicas que possam contraindicar a cirurgia.

 

A blefaroplastia é realizada na maioria das vezes com anestesia local e sedação. Depois da cirurgia o paciente fica em observação por um período e geralmente é liberado no mesmo dia. Vai para casa com os olhos abertos, sem nenhum tipo de curativo oclusivo.

 

Ptose palpebral

Ptose palpebral é a situação em que ocorre a queda da pálpebra superior, ou seja, a pálpebra superior do olho com ptose cobre mais a córnea do que o normal. Além de haver um comprometimento estético, ela afeta o campo visual. Normalmente, os pacientes tendem a forçar a testa para elevar a pálpebra, sendo, portanto, comuns as rugas nessa região e a queixa de cansaço e dores de cabeça.

 

A ptose pode ser congênita ou adquirida. A ptose palpebral congênita está associada ao desenvolvimento anormal do músculo levantador da pálpebra superior. Este tipo de ptose é bilateral em 25% dos casos. Pode ser uma anomalia isolada ou associada a outros defeitos como epicanto, anormalidades do ponto lacrimal e catarata congênita. A severidade varia muito a cada paciente. Pode ser discreta, enquanto em certos casos é muito severa, levando ao comprometimento do campo visual e elevação do queixo do paciente, na tentativa de liberar o eixo visual. O tratamento é cirúrgico. Nos casos mais severos, que apresentam risco de ambliopia, a cirurgia deve ser realizada precocemente.

 

Das ptoses adquiridas, a mais comum é a ptose senil ou involucional, decorrente de deiscência ou desinserção da aponeurose do músculo elevador. Inflamação crônica, trauma, uso de lentes de contato ou cirurgia intraocular também podem levar à desinserção do músculo levantador da pálpebra superior. Outras causam de ptose incluem doenças musculares neurológicas. O tratamento da ptose palpebral é cirúrgico.

 

Entrópio

É uma doença em que a pálpebra se dobra para dentro (se inverte), fazendo com que os cílios entrem em contato com o globo ocular. Causa muito desconforto ao paciente, com sensação de corpo estranho no olho, vermelhidão e lacrimejamento. O tratamento é cirúrgico.

 

Ectrópio

É uma doença em que a pálpebra se afasta do globo ocular (se everte), causando ressecamento, olho vermelho e irritação dos olhos. A causa mais freqüente do ectrópio palpebral é a senil, na qual ocorre flacidez horizontal da pálpebra inferior, resultando em excesso de tecidos palpebrais e consequente eversão da margem palpebral.

O ectrópio palpebral também pode ser paralítico, por paralisia do nervo facial, e cicatricial, quando resulta de queimaduras, complicações cirúrgicas e de cicatrizes palpebrais originárias de outros ferimentos. O tratamento é cirúrgico, com o intuito de reposicionar as pálpebras inferiores.

 

Triquíase

Triquíase é o alinhamento incorreto dos cílios, que tocam o globo ocular, causando irritação, hiperemia, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Ela se desenvolve mais comumente algum tempo depois da blefarite crônica (inflamação das bordas palpebrais) ou de lesão à pálpebra ou conjuntiva.

A triquíase se difere do entrópio (uma condição na qual a pálpebra é virada para dentro), pois nela a pálpebra está em posição normal.

O tratamento da triquíase envolve a remoção dos cílios, que pode ser feita com uma pinça delicada, ou de forma definitiva com a eletrólise ou laser.

 

Blefarite

Sintomas como coceira, ardência, vermelhidão e sensação de areia nos olhos podem ser causados pela blefarite, doença não-contagiosa muito comum, caracterizada pela inflamação das margens palpebrais.

 

Próximo à raiz dos cílios existem as aberturas das glândulas de Meibomius, glândulas sebáceas que participam da formação da camada lipídica da lágrima. Quando existe uma disfunção dessas glândulas, com a produção excessiva de oleosidade, ocorre um acúmulo de gordura nas raízes dos cílios e uma condição favorável ao crescimento de bactérias nas pálpebras. Nos casos mais intensos, pode-se observar a olho nu a presença de resíduos semelhantes à caspa na raiz dos cílios.

 

Pode haver ainda o entupimento das glândulas de Meibomius (meibomite), causando alteração da qualidade do filme lacrimal e olho seco. Em alguns casos de blefarite, observa-se a ocorrência de hordéolos (terçol). A longo prazo, devido à inflamação crônica na margem palpebral, pode haver queda excessiva dos cílios e mudança da direção do seu crescimento (triquíase). A limpeza pode ser feita com água e shampoo neutro infantil ou, idealmente, com produtos específicos para este fim.

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